DESAFIOS ECONÓMICOS EM PORTUGAL: A CRISE DOS NEGÓCIOS E A LUTA PELA SUSTENTABILIDADE

Portugal é um país de rendimentos baixos, isso é um facto. Tenho a noção de que são muitas coisas ao mesmo tempo:

  1. Classe média pressionada: A classe média está sendo cada vez mais comprimida, e isso é um problema em Portugal.

  2. Turismo fraco em 2024: Este ano de 2024, o turismo veio muito fraco, efeito do empobrecimento geral na Europa. O Euro 2024 (14-06-2024 a 14-07-2024) e os Jogos Olímpicos Paris 2024 (26-07-2024 a 11-08-2024) contribuíram para que Portugal deixasse de ser o primeiro destino turístico este ano.

  3. Boom do turismo no passado: Portugal teve um boom do turismo porque estava muito barato para ser visitado, quer para comer, quer para ficar e efetuar passeios. Comparado com outros países da Europa, Portugal continua mais barato para comer e para passear, utilizar um táxi, etc.

  4. Aumento do preço do alojamento: O preço do alojamento local em Lisboa ou em hotéis aumentou muito. Devido a isso, uma parte do turismo mais pobre deixou de vir para Portugal e está a ir para a Croácia e outros locais eventualmente mais baratos.

  5. Efeito dos juros elevados: O efeito dos juros que subiram em 2023 demora entre seis a doze meses para se refletir na vida das pessoas, devido ao aumento das taxas estar prefixado por um tempo. Muitas pessoas estão sentindo o peso desse aumento dos juros que começa agora a descer, mas que irá fazer efeito no meio do próximo ano, 2025.

  6. Fecho e deslocação de empresas: Se considerarmos o fecho ou deslocação de grandes empresas, ou a redução do número de colaboradores que se fixavam num local, o efeito nesse local ou zona é devastador para o negócio – as pessoas dispersaram para outros locais. Muitos desses prédios ficam vazios ou quase.

Se juntarmos os pontos anteriores, como um todo, um efeito macro, e igualmente quando olhamos para o mapa da cidade de Lisboa, vemos zonas que deveriam ser muito boas para o negócio. Eram zonas “ricas” mas que deixaram de o ser. O morador continua o mesmo, pois não existem muitos negócios de apartamentos, mas as empresas estão a ir embora. O problema é que quando as empresas estão a fechar, o negócio ao redor, que vive em grande parte da vida dos colaboradores das empresas, sofre.

Em princípio, o empresário se prepara para as dificuldades, mas se o negócio em outubro de 2025 estiver “igual” ao de outubro de 2024, muitas outras empresas vão fechar, pois existe um limite para o empresário utilizar o seu dinheiro pessoal para manter a empresa.

No pós-pandemia Covid, o número de empreendedores é muito maior. O negócio que era de um dono e um café ou um restaurante, grande parte morreu no pós-pandemia ou faliu. E, por isso, o mercado se reorganizou e existe hoje um número maior de empresas que, em vez de um restaurante, têm dois, três ou quatro, procurando obter um saldo financeiro global do negócio positivo. Mas, estas empresas em 2024 vão ter dificuldades financeiras para obter os resultados pretendidos.

  • Como podemos incentivar a classe média a consumir mais?

  • Quais políticas podem ser implementadas para atrair mais turistas para Portugal, especialmente aqueles de menor poder aquisitivo?

  • Como podemos ajudar os pequenos e médios empresários a sobreviverem nesse ambiente econômico desafiador?

  • Quais as medidas podem ser adotadas para revitalizar as áreas comerciais que estão perdendo empresas e clientes?

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A Associação de Moradores e Empreendedores do Beato (AMEBEATO), é uma Associação sem fins lucrativos que tem por objetivo primário representar, promover e defender os interesses dos seus associados pessoas singulares e coletivas, tendo como missão o desenvolvimento e o progresso socioeconómico, desportivo, ambiental e cultural dos moradores e empreendedores da freguesia do Beato.

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